A partida deste sábado, em que o Atlético-MG enfrentou o Internacional, terminou com o placar de 2 a 0.
O atacante do Atlético-MG, apelidado de Hulk, comentou a notícia que capturou a mídia brasileira sobre a eclosão do escândalo das apostas esportivas. O jogador de futebol, que é embaixador da escandalosa casa de apostas, diz que está extremamente chateado com a situação atual e que não sabia absolutamente nada do que se passava pelas suas costas na empresa. Ele também exigiu que os responsáveis pelo ocorrido sejam punidos.
“Claro, todos os envolvidos em fraudes de apostas devem ser punidos em toda a extensão da lei. Toda uma equipe de funcionários trabalha diariamente para garantir que todos possam fazer apostas lucrativas, e alguém pega e faz malabarismos com os resultados. Isso me deixa muito triste. Eu nunca teria participado de algo assim se soubesse o que eles estão fazendo ”, o atleta compartilhou suas emoções em entrevista a uma das rádios locais.
Em sua fala, o Hulk foi extremamente cuidadoso com aqueles que podem estar envolvidos no escândalo, sem culpar ninguém diretamente.
“Meus camaradas, que também participaram da campanha publicitária, lamentam muito por tudo. No momento, é difícil dizer qual deles realmente não sabia de nada e quem participou deliberadamente do engano. É muito fácil culpar alguém por algo que provavelmente nem fez. Devemos estar acima disso e ter nossa própria opinião, e não nos guiar pela opinião da multidão. É lamentável quando seus colegas têm que viver assim. É uma pena”.
Em seu discurso, Hulk também abordou sua infância difícil e como foi difícil o caminho para o esporte profissional. Segundo ele, muitos não honram o que o destino lhes dá.
“Meus advogados me informaram que eu mesmo não posso participar de apostas, porque. Posso ser acusado de trapacear e fraudar o resultado. E devemos respeitar esta regra. Venho de uma área pobre e por acaso vi muita coisa, inclusive a pobreza e o desejo de meus pais de alcançar pelo menos algumas alturas nesta vida.
Detalhes do escândalo
As agências de aplicação da lei iniciaram uma investigação sobre a fraude ocorrida nesta temporada no âmbito dos jogos da Copa do Brasil.
Estiveram no campo de visão mais de vinte partidas das séries brasileiras A e B. Além disso, também foram investigados os jogos ocorridos no âmbito dos campeonatos gaúcho e paulista.
Como prova, foi apresentada correspondência em mensageiros instantâneos. Neles, os investigadores puderam encontrar dados sobre propinas que foram oferecidas aos jogadores por cartões amarelos/vermelhos, bem como outras ações ilegais em campo.
Bruno Lopes de Moura foi o primeiro a ser tratado, que, segundo os investigadores, foi a ponta do iceberg. No entanto, logo após sua prisão, ele foi libertado sob fiança. Além dele, pelo menos dezesseis atletas enfrentam prisão.
O Ministério Público exige a punição cabal de Bruno Lopez e a obrigação de indenizar dois milhões de reais ao erário estadual a título de danos morais.